ARME estabelece novos preços máximos dos combustíveis para mês de novembro

A Agência Reguladora Multissectorial da Economia-ARME estabelece os novos preços máximos dos combustíveis, que devem vigorar a partir das 00 horas do dia 1 de novembro de 2023, tendo registado um decréscimo médio na ordem dos 4,67%.

De acordo com a nova tabela, em anexo, os preços de todos os produtos petrolíferos registaram uma diminuição, passando, doravante, o Gasóleo normal, a ser vendido a 139,70 ECV/L; a Gasolina, a ser vendida a 142,00 ECV/L; o Petróleo, a ser vendido a 154,60 ECV/L; o Gasóleo para Eletricidade, a ser vendido a 126,00 ECV/L; o Gasóleo Marinha, a ser vendido a 109,00 ECV/L.  O Fuel 380 passa a ser vendido a 93,50 ECV/L e o Fuel 180, a ser vendido a 97,40 ECV.

O Gás butano, a ser vendido a granel por 146,50 ECV/ KG, sendo: as garrafas de 12,5 Kg, vendidas a 1.831,00 ECV; as de 6 Kg, a 879,00 ECV; as de 3kg, a 418,00 ECV e as de 55 Kg, a 8.057,00 ECV.

Em termos percentuais, no mercado interno, os preços do Butano, da Gasolina, do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade, do Gasóleo Marinha, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 diminuíram em 2,72%, 11,25%, 3,68%, 4,51%, 4,98%, 5,05%, 2,79% e 2,40%, respetivamente. Isto representa um decréscimo médio dos preços dos combustíveis na ordem de 4,67%.

Comparativamente ao período homólogo (novembro de 2022), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a uma diminuição de 15,10% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a um aumento de 3,92%.

De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, tiveram decréscimos durante o mês de outubro de 7,76% (770,81 USD/MT), relativamente ao mês de setembro (835,65 USD/MT). Assim, as cotações do Butano, da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% diminuíram em 5,44%, 16,71%, 5,27%, 6,30% e 2,34%, respetivamente.

Os principais motivos da descida dos preços do petróleo, no mês de outubro, foram as reações dos mercados e dos investidores relativamente à notícia de que os Estados Unidos da América reduzirão a procura do Brent e dos seus derivados, até os finais deste ano, o que agravou as suas preocupações sobre a evolução das principais economias mundiais; os indicadores de desaceleração económica na Alemanha, Reino Unido e na zona euro, o que pode levar a uma diminuição da procura de petróleo e a notícia de que possivelmente haverá um novo acordo entre os Estados Unidos da América e a Venezuela para aliviar as sanções económicas que estão a condicionar as exportações venezuelanas do petróleo, o que poderá melhorar a situação do lado da oferta.

Entretanto, esta descida foi atenuada, sobretudo, pelas preocupações dos analistas e investidores relativamente aos cortes de produção e oferta desta matéria-prima por parte da Organização de Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) que deverão manter-se até o final do ano corrente, e relativamente aos possíveis agravamentos dos conflitos no Médio Oriente, entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, que consequentemente poderão afetar negativamente os níveis de oferta de petróleo.

A cotação do euro do último dia útil do mês de agosto registou uma depreciação de 1,45% (1,0867) face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de julho (1,1027). Esta evolução do câmbio tende a aumentar os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a um aumento médio dos preços dos combustíveis de 1,16%.

Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar de 01 a 30 de novembro de 2023. 

ANEXO: