Caiu o pano sobre o 3º Fórum de Governança da Internet, que aconteceu, esta terça-feira, 20, no Auditório da UNICV, subordinado ao lema: “A Internet que queremos, empoderando pessoas” e que se juntou vários stakeholders e partes interessadas: entidades públicas e privadas, a academia, a comunidade técnica da Internet e a sociedade civil para juntos, informarem, refletirem e debaterem de forma aberta e interativa, como deve ser o governo da Internet.
No seu discurso de abertura, o Administrador Executivo da ARME, João Tomar, afiançou que, nos dias que correm, a Internet é uma ferramenta cada vez mais presente em todos os aspetos das nossas vidas, e, por isso, transformou-se numa força motriz e impulsionadora do crescimento económico e da inovação tecnológica, conectando pessoas de todas as partes do mundo no acesso à informação e ao conhecimento.
Por isso, reconhece Tomar, que com o rápido crescimento e desenvolvimento da internet surgem, igualmente, novos desafios que devem ser enfrentados de forma conjunta.
Deste modo, o responsável da ARME apontou que a inclusão digital, a segurança cibernética, a privacidade dos dados, a liberdade de expressão e a igualdade de acesso são apenas algumas das questões que exigem uma maior atenção e colaboração, de todos os stakeholdetrs, particularmente, o Governo, através de políticas públicas para o setor de comunicações eletrónicas, sem esquecer a entidade reguladora que tem a responsabilidade de estar atenta e acompanhar a evolução do uso da Internet no nosso país.
É, por isso, recorda o Administrador João Tomar, que o Governo reconhece a importância que a internet tem nos dias de hoje e tem trabalhado arduamente para promover um ambiente seguro, inclusivo e aberto para todos os cidadãos, sublinhando que já foram feitos investimentos significativos no sentido de ampliar as infraestruturas da conetividade e expandir o acesso à Internet em todo Cabo Verde.
De acordo com João Tomar, essas medidas visam garantir que todas as pessoas beneficiem das oportunidades oferecidas pela era digital. Neste sentido, reitera este responsável, é fundamental que a ARME, enquanto entidade reguladora do setor das comunicações eletrónicas, e, ponto focal do IGF Cabo Verde, as universidades, a sociedade civil e outros atores relevantes se unam numa abordagem colaborativa para enfrentar os desafios e explorar as oportunidades apresentadas pela governança da internet.
Recorda-se que, este 3º Fórum da Governança de Internet reuniu especialistas de renome a nível nacional e estrangeiro, com destaque para professores universitários oriundos do Brasil e de Portugal, que partilharam as suas experiências com os presentes. Um relatório sobre as recomendações e conclusões deste fórum será, oportunamente, enviado ao Governo, como contributo para a elaboração de políticas públicas do setor da economia digital.
Da agenda dos trabalhos deste evento, constaram vários temas, nomeadamente: “Juventude e governança de internet”, “Liberdade de expressão e combate à desinformação online”, “Educação digital e alfabetização tecnológica”, “A presença do português na internet e nas tecnologias linguísticas e implicações na governação da internet”, “Inclusão digital”, “Desafios da conectividade e cibersegurança, cibercriminalidade” e “Segurança online”.
Foto-reportagem:
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