Atualização dos Preços Máximos dos Combustíveis – julho 2021

A Agência Reguladora Multissectorial da Economia-ARME atualiza os preços máximos dos combustíveis que devem vigorar a partir das 00 horas do dia 1 de julho de 2021, ao abrigo do disposto na legislação em vigor e no Decreto-lei n.º 19/2009 de 22 de julho, que define os princípios orientadores e a fórmula de cálculo dos preços máximos de venda ao consumidor final.

Assim, de acordo com a nova tabela, em anexo, o Gasóleo Normal passa a ser vendido a 99,80 ECV/L; a Gasolina passa a 128,30 ECV/L; o Petróleo a 83,10 ECV/L; o Gasóleo para Eletricidade a 84,60 ECV/L; o Gasóleo Marinha, a 71,60 ECV/L; o Fuel 380, a 79,60 ECV/L e o Fuel180, a 82,50 ECV/L. O Gás Butano passa a ser vendido a granel por 133,90 ECV/L, sendo que as garrafas de 3 Kg passam a custar 382,00 ECV/KG; as de 6 Kg, a 804,00 ECV/Kg; as de 12,5 Kg, a1.674 ECV/Kg e as de 55 Kg, a 7.366 ECV/Kg.

De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em USD/ton., manteve a tendência de subida durante o mês de junho (8,23%), relativamente ao mês de maio. Assim, no mercado interno, os preços do Gasóleo Normal, Gasóleo Eletricidade e Gasóleo Marinha aumentaram 5,50%, 6,55% e 6,87%, respetivamente; a Gasolina e o Petróleo subiram 4,56% e 5,73% respetivamente; os preços do Fuelóleo 180 e Fuelóleo 380 aumentaram 7,28% e 7,57%, respetivamente e o Butano registou aumento de 7,90%. Isto corresponde a um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 6,49%.

Comparativamente ao período homólogo (julho de 2020), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a um aumento de 35,7%, e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, ela corresponde a um acréscimo de 10,4%.

Em junho, as cotações médias do petróleo nos principais mercados internacionais atingiram máximos de outubro de 2018, registando um aumento médio de 6,96% (72,85 USD), relativamente ao mês de maio. Os mercados internacionais reagiram em alta quanto à perspetiva positiva sobre a recuperação da atividade económica; à procura global do crude durante o segundo semestre de 2021; à queda dos stocks norte-americanos de petróleo e à valorização do dólar e aos resultados positivos da vacinação em vários países.

A contrapor esta tendência, está a evolução da situação do acordo sobre o programa nuclear iraniano que poderá alavancar a oferta e pressionar em baixa as cotações desta matéria-prima.

A cotação do câmbio EUR/USD, do último dia (útil) do mês de junho, tendo como referência a BLOOMBERG (14 horas no horário de Frankfurt), evidenciou uma forte depreciação do euro face ao dólar dos Estados Unidos, em 2,51% (1,1894), comparado ao câmbio do último dia (útil) do mês de maio, contribuindo para um acréscimo médio nos preços dos combustíveis de 1,84%.

As principais razões para a depreciação do euro em relação ao dólar são as preocupações do mercado global com a variante delta do coronavírus, em particular na Europa, que tem provocado restrições às atividades económicas e as expectativas em torno dos próximos passos do Federal Reserve quanto ao aumento de taxas de juros nos Estados Unidos.

A evolução dos preços dos produtos petrolíferos no mercado internacional, aliada à depreciação do euro face ao dólar americano, convergiram para a subida generalizada dos preços dos combustíveis no mercado nacional.

Os novos valores do parâmetro CP (Custo de Aquisição do Produto) e os correspondentes preços máximos de venda ao consumidor final dos combustíveis regulados, a vigorar de 01 a 31 de julho de 2021.