ARME Promove Reflexão Sobre 5G

A Agência Reguladora Multissectorial da Economia-ARME, em parceria com a multinacional Huawei, promoveu esta terça-feira, 23, um Workshop sobre 5G em Cabo Verde.

 O encontro juntou vários players do setor das comunicações electrónicas do país, nomeadamente o Governo, as operadoras – CVT e Unitel T+, o NOSI, a DGTED, o SISP, setor privado, universidades, entre vários outros Stakeholders.

O evento contou com a participação do Presidente da Huawei para a Região Norte e Oeste de Africa e Vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, que, na sua intervenção, enalteceu a necessidade de colocarmos as TIC’s ao serviço das pessoas: no domínio da saúde, da segurança, da formação e da prestação de serviços com eficiência, considerando que a 5G irá mudar a velocidade com que fazemos as coisas e criar condições para garantirmos a proximidade para todos e em toda a parte do mundo.

Para o Vice-primeiro-ministro, o Governo de Cabo Verde quer ser o melhor amigo da China, mas no quadro de uma parceria win-win. Olavo Correia afirmou que o país vai avançar nos próximos tempos para a criação da sua Zona Especial Económica para as TIC’s também com a parceria da Huawei. Nisso, segundo aquele governante, o que se pretende é transformar Cabo Verde num arquipélago digital, e, consequentemente acelerar o processo de desenvolvimento tecnológico, criando infraestruturas e um bom quadro legal e regulatório.

Por sua vez, o Presidente de Conselho de Administração da ARME, Isaías Barreto da Rosa, avançou que Cabo Verde neste momento se encontra na fase de implementação do 4G e que a entidade que dirige já autorizou as operadoras móveis a iniciarem a fase de testes nas cidades da Praia e Mindelo, esperando que tenhamos, brevemente, a comercialização da rede 4G, disponível em todo o país.

Durante a sua intervenção, o PCA da ARME reiterou que é importante começarmos desde agora a preparar para o 5G tendo em conta que Cabo Verde pode capitalizar nos investimentos feitos nas redes 4 G para avançar para 5G: “acreditamos que devemos ter um espírito de vigilância tecnológica e olhar para a evolução do setor tecnológico e tentar fazer esse acompanhamento. Isaías Barreto da Rosa reforça é preciso termos uma visão de futuro e a rede 5G traz muitas transformações com possibilidade de termos carros autónomos; cirurgias remotas, educação remota”, etc.

Em jeito de conclusão, os vários oradores defenderam a necessidade de, nesta primeira fase, traçar um road-map e criar urgente um task-force para dar início as discussões sobre o 5G no país, preparando um plano de acção e perceber as prioridades.

Recorda-se que a ARME tem em curso um estudo sobre o 5G em Cabo Verde e que está a promover a realização de uma experiência piloto do 5G no país.