A Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME) atualiza, de acordo com o mecanismo de indexação mensal, os novos preços máximos dos combustíveis, que vigoram a partir das 00 horas do dia 1 de dezembro de 2024, tendo registado um acréscimo médio de 0,73 por cento.
Assim, de acordo com a nova tabela de preços, no anexo, a Gasolina passa a ser vendida a 130,50 ESC/L; o Gasóleo Normal, a 117,20 ESC/L; o Gasóleo para Eletricidade, a 103,40 ESC/L; o Gasóleo Marinha, a 91,10 ESC/L; o Petróleo, 135,20 ESC/L; o Fuel 380, passa a custar 83,30 ESC/Kg e o Fuel 180, 85,70 ESC/Kg.
Já o Gás Butano passa a custar a granel 150,10 ESC/Kg; sendo que: as garrafas de 12,5Kg; vendidas a 1877,00 ESC; as de 6Kg, a 901,00 ESC; as de 3 Kg, a 428,00 ESC e as de 55 Kg, 8.257,00 Escudos.
Deste modo, no mercado interno, os preços do Butano, da Gasolina, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 diminuíram em 2,15%, 0,76%, 0,81% e 1,42%, respetivamente, enquanto os do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade e do Gasóleo Marinha aumentaram em 2,04%, 2,81%, 3,09%, e 3,05%, respetivamente, pelo que tudo somado, correspondem a um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 0,73 por cento.
Comparativamente ao período homólogo (dezembro de 2023), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a uma diminuição de 6,26% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a uma diminuição de 2,73 por cento.
De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, diminuíram, em média, em 3,20% de outubro para novembro. Quando consideradas individualmente, as cotações médias do Butano, da Gasolina e do Fuelóleo 0,5% diminuíram em 7,80%, 4,72% e 5,06%, respetivamente, enquanto as do Jet A1 e do Gasóleo ULSD[1] aumentaram em 0,36% e 1,22%, respetivamente.
No mês de novembro, a cotação média do petróleo Brent nos mercados internacionais correspondeu a 73,17 USD/barril, tendo registado uma diminuição de 2,75% quando comparada à cotação média do mês de outubro (75,24 USD/barril).
Assim, os principais motivos que contribuíram para esta descida de preços do petróleo, no mês de novembro, têm que ver com a valorização do dólar norte-americano que torna mais cara a transação do petróleo para os países detentores de outras moedas, diminuindo assim a procura; as preocupações dos investidores com uma possível desaceleração no ritmo de cortes nas taxas de juros, por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos da América (EUA); a redução das previsões, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), para o crescimento da demanda global por petróleo em 2024 e 2025; as perspetivas de um excedente de oferta global no próximo ano; a notícia de que o Irão irá parar de expandir o seu estoque de urânio enriquecido para armas nucleares; e o aumento mais do que o esperado dos estoques de petróleo bruto e de gasolina dos EUA.
Outrossim, esta descida foi atenuada, sobretudo, pela decisão da Organização dos Países Exportadores de petróleo e seus aliados (OPEP+) de adiar o aumento da produção do petróleo em um mês, a partir de dezembro, devido à fraca demanda desta matéria-prima; pela expectativa de haver redução da produção de petróleo no Golfo do México, em cerca de 4 milhões de barris, devido à passagem da tempestade tropical Rafael; pelo agudizar das tensões no Médio Oriente; pela forte queda nas ações de combustíveis; pelo receio de uma escalada de tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia, após Joe Biden ter permitido que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance dos EUA e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter anunciado a utilização de um novo míssil de médio alcance contra a Ucrânia; e pelas notícias de que a produção de petróleo bruto no campo petrolífero de Johan Sverdrup, na Noruega, o maior da Europa Ocidental, foi interrompida.
Recorde-se, entretanto, que os preços do petróleo e dos seus derivados são cotados em dólar, e a referência para a aquisição dos derivados de petróleo em Cabo Verde é a cotação euro/dólar do último dia útil da BLOOMBERG (14 horas no horário de Frankfurt).
Assim, a cotação do euro do último dia útil do mês de novembro (1,0557) registou uma depreciação de 2,97% face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de outubro (1,0880). Esta evolução do câmbio tende a aumentar os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a um aumento médio dos preços dos combustíveis de 2,11%.
Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar de 01 a 31 de dezembro de 2024.