A Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME) atualiza, de acordo com o mecanismo de indexação mensal, os novos preços máximos dos combustíveis, que vigoram a partir das 00 horas do dia 1 de novembro de 2024, tendo registado um acréscimo médio de 5,62 por cento.
Assim, de acordo com a nova tabela de preços, no anexo, a Gasolina passa a ser vendida a 131,50 ESC/L; o Gasóleo Normal, a 114,00 ESC/L; o Gasóleo para Eletricidade, a 100,30 ESC/L; o Gasóleo Marinha, a 88,40 ESC/L; o Petróleo, 132,50 ESC/L; o Fuel 380, passa a custar 84,50 ESC/Kg e o Fuel 180, 86,40 ESC/Kg.
Por seu turno, o Gás Butano passa a ser vendido a granel por 153,40 ESC/Kg; sendo que: as garrafas de 12,5Kg; vendidas a 1917,00 ESC; as de 6Kg, a 920,00 ESC; as de 3 Kg, a 437,00 ESC e as de 55 Kg, 8.437,00 Escudos.
Deste modo, no mercado interno, os preços do Butano, da Gasolina, do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade, do Gasóleo Marinha, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram em 6,68%, 4,78%, 9,41%, 3,07%, 3,62%, 5,49%, 6,02% e 5,88%, respetivamente, pelo que tudo somado, corresponde a um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 5,62%.
Comparativamente ao período homólogo (novembro de 2023), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a uma diminuição de 11,95% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a uma diminuição de 3,60%.
De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, aumentaram, em média, em 5,05% de setembro para outubro. Quando consideradas individualmente, as cotações médias do Butano, da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% aumentaram em 11,25%, 4,83%, 3,09%, 1,65% e 4,45%, respetivamente.
No mês de outubro, a cotação média do petróleo Brent nos mercados internacionais correspondeu a 75,24 USD/barril, tendo registado um aumento de 3,94% quando comparada à cotação média do mês de setembro (72,39 USD/barril).
Assim, os principais motivos da subida dos preços do petróleo, no mês de outubro, foram os seguintes: a reposta dos mercados à escalada do conflito no Médio Oriente, com novas incursões israelitas no Líbano e novos lançamentos de foguetes pelo Hezbollah para atingir Israel; as reações dos mercados e investidores à passagem do furacão Milton pela zona do Golfo do México e Flórida, que forçou o fechamento de uma plataforma de petróleo e gás no Golfo do México; as reações dos mercados e investidores à decisão do Banco Central Europeu de cortar as taxas de juros pela terceira vez neste ano, em 17 de outubro último; as notícias de indicadores económicos positivos dos Estados Unidos da América (EUA) e da Europa e as medidas do Governo chinês e do seu banco central para alavancar a atividade industrial e económica, que poderão conduzir a um incremento da procura de petróleo.
Outrossim, esta subida foi atenuada, sobretudo, pelas reações dos mercados e investidores às reduções das previsões da procura global de petróleo para 2024 e 2025, efetuadas pela OPEP e Agência Internacional de Energia; pela notícia de que as importações chinesas de petróleo tiveram descidas em relação ao ano passado, pelo quinto mês consecutivo em setembro, causadas pela crescente adoção de veículos elétricos, e também pela desaceleração do crescimento económico chinês após a pandemia da COVID-19; pela declaração aos EUA do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que Israel está disposto a atacar alvos militares iranianos, e não nucleares ou petrolíferos; e pelos relatos de que os EUA e Israel tentarão reiniciar as negociações sobre um possível cessar-fogo em Gaza.
Recorde-se, entretanto, que os preços do petróleo e dos seus derivados são cotados em dólar, e a referência para a aquisição dos derivados de petróleo em Cabo Verde é a cotação euro/dólar do último dia útil da BLOOMBERG (14 horas no horário de Frankfurt).
Assim, a cotação do euro do último dia útil do mês de outubro (1,0880) registou uma depreciação de 2,83% face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de setembro (1,1197). Esta evolução do câmbio tende a aumentar os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a um aumento médio dos preços dos combustíveis de 2,08, por cento.
Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar de 01 a 30 de novembro de 2024.
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