ARME atualiza novos preços máximos dos combustíveis para mês de setembro

A Agência Reguladora Multissectorial da Economia-ARME atualiza os novos preços máximos dos combustíveis, que devem vigorar a partir das 00 horas do dia 1 de setembro de 2024, tendo registado uma diminuição média de 5,71%.

De acordo com a nova tabela, em anexo, a Gasolina passa a ser vendida a 134,50 ECV/L; o Gasóleo Normal, a 115,80 ECV/L; o Gasóleo para a Eletricidade, a 102,10 ECV/L; o Gasóleo Marinha, 88,30 ECV/L; o petróleo, a 128,00 ECV/L; o fuel 380 passa a custar 84,00 ECV/L e o fuel 180, a 86,10 ECV/L. O Gás butano passa a ser vendido a granel por 141,80 ECV/ KG, sendo: as garrafas de 12,5 Kg, vendidas a 1.773,00 ECV; as de 6 Kg, a 851,00 ECV; as de 3kg, a 404,00 ECV e as de 55 Kg, a 7.800,00 ECV.

Assim, em termos percentuais, no mercado interno, os preços do Butano, da Gasolina, do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade, do Gasóleo Marinha, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 diminuíram em 1,66%, 6,01%, 6,02%, 6,31%, 7,10%, 7,15%, 5,90% e 5,51%, respetivamente. Tudo somado, correspondendo a uma diminuição média dos preços dos combustíveis de 5,71%.

Comparativamente ao período homólogo (setembro de 2023), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a uma diminuição de 12,26% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a uma diminuição de 5,77%.

De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, diminuíram, em média, em 5,73% de julho para agosto. Quando consideradas individualmente, as cotações médias do Butano, da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% diminuíram em 1,01%, 7,28%, 7,60%, 7,78% e 5,00%, respetivamente.

No mês de agosto, os principais motivos da descida de preços do petróleo foram os seguintes: a preocupação persistente dos mercados em relação à fraqueza económica chinesa que está condicionando a procura global por petróleo; as revisões em baixa das previsões de crescimento da procura global de petróleo, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), para 2024, e da Agência Internacional de Energia (AIE), para 2025; as reações dos mercados e investidores aos dados de emprego nos Estados Unidos da América (EUA), que foram revisados significativamente para baixo, pois os empregadores criaram muito menos empregos do que inicialmente esperado; as fortes quedas nos mercados de ações na Europa, Ásia e nos EUA; a viagem relâmpago do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ao Médio Oriente, tentando pressionar o progresso do acordo de cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas, e ainda reforçada com a declaração de que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, concordou com a mais recente proposta apresentada pelos EUA, referente a um acordo de cessar-fogo em Gaza.

Esta descida foi atenuada, sobretudo, pela diminuição da produção de petróleo na Líbia, devido aos protestos e pressões sociais; pelas expectativas de um conflito crescente no Médio Oriente, após o Irão e o Hezbollah terem prometido retaliar pelos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e do comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, e de o Departamento de Defesa dos EUA ter comunicado que enviará um submarino com mísseis guiados; pelas declarações da Rússia de que reforçará as defesas de fronteira, melhorará o comando e controle, e enviará forças adicionais, após a Ucrânia ter feito o maior ataque ao seu território soberano, desde a Segunda Guerra Mundial; pelas reações dos mercados e investidores à ata da reunião de julho da Reserva Federal norte-americana, que mostrou que a maioria das autoridades acreditava no corte nas taxas de juros de referência no mês de setembro, e ainda, posteriormente, reforçada pelos comentários do Presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que indicaram que o banco central estava se preparando para cortar as taxas de juros, o que deverá ocorrer no mês de setembro; e pela desvalorização do dólar norte-americano, que torna mais barata a transação do petróleo para os países detentores de outras moedas, aumentando assim à procura.

A cotação do euro do último dia útil do mês de agosto (1,1082) registou uma apreciação de 2,35% face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de julho (1,0828). Esta evolução do câmbio tende a diminuir os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a uma diminuição média dos preços dos combustíveis de 1,57%.

Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar de 01 a 30 de setembro de 2024.

ANEXO: