A Agência Reguladora Multissectorial da Economia-ARME acabade fixar os novos preços máximos dos combustíveis, que devem vigorar a partir das 00 horas do dia 1 de agosto de 2024, tendo registado um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 1,26%.
De acordo com a nova tabela, em anexo, a Gasolina passa a ser vendida a 143,10 ECV/L; o Gasóleo Normal, a 123,60 ECV/L; o Gasóleo para a Eletricidade, a 109,90ECV/L; o Gasóleo Marinha, 95,10 ECV/L; o petróleo, a 136,20 ECV/L; o fuel 380 manteve-se a 88,90 ECV/L e o fuel 180, a 91,50 ECV/L. O Gás butano passa a ser vendido a granel por 144,20 ECV/ KG, sendo: as garrafas de 12,5 Kg, vendidas a 1.803,00 ECV; as de 6 Kg, a 865,00 ECV; as de 3kg, a 411,00 ECV e as de 55 Kg, a 7.931,00 ECV.
Assim, em termos percentuais, no mercado interno, os preços do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade e do Gasóleo Marinha diminuíram em 0,08%, 0,09% e 0,11%, respetivamente, enquanto os preços do Butano, da Gasolina, do Petróleo, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram em 6,42%, 0,56%, 0,07%, 1,55% e 1,72%, respetivamente. Tudo somado, corresponde a um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 1,26%.
Comparativamente ao período homólogo (agosto de 2023), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a um aumento de 2,04% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a uma diminuição de 0,79%.
De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, aumentaram, em média, em 5,24% de junho para julho. Quando consideradas individualmente, as cotações médias do Butano, da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% aumentaram em 17,46%, 2,32%, 1,45%, 1,25% e 3,73%, respetivamente.
No mês de julho, os principais motivos do aumento dos preços do petróleo foram: a esperança de um aumento da demanda durante a temporada de viagens de verão no Hemisfério Norte; as preocupações de que o conflito no Médio Oriente possa se expandir e reduzir o fornecimento global de petróleo; a desvalorização do dólar norte-americano, facto que torna mais barata a transação do petróleo para os países detentores de outras moedas, aumentando assim a procura; as reações aos incêndios florestais no Canadá, incluindo na área do centro de areias petrolíferas Fort McMurray, que poderão provocar a diminuição no fornecimento de petróleo e as reações dos mercados e investidores aos dados do Departamento de Comércio dos EUA, que mostraram um crescimento económico superior ao projetado no segundo trimestre, enquanto que a inflação diminuiu, aumentando as expectativas de corte da taxa de juro pela Reserva Federal, em setembro.
Esta subida foi atenuada, sobretudo, pelo aumento global dos estoques de petróleo e dos produtos refinados; pelas crescentes preocupações com a desaceleração económica na China, o maior importador de petróleo bruto do Mundo, que condicionará a procura global por esta matéria-prima, e ainda agravada pelos dados que mostraram que a importação de petróleo bruto na Índia, o terceiro maior importador e consumidor de petróleo do Mundo, também caiu em junho, para o menor nível desde fevereiro; pela perspetiva otimista de um possível cessar-fogo em Gaza, na medida em que as negociações em andamento parecem estar progredindo; e pela confirmação, após as previsões apresentadas, de que as interrupções no fornecimento de petróleo causadas pelo furacão Beryl foram mínimas, e ainda se verificou que um centro produtor de petróleo dos EUA, no Texas, sofreu menos danos do que o temido.
A cotação do euro do último dia útil do mês de julho (1,0828) registou uma apreciação de 1,24% face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de junho (1,0695). Esta evolução do câmbio tende a diminuir os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a uma diminuição média dos preços dos combustíveis de 0,93%.
Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar de 01 a 31 de agosto de 2024.
ANEXO: