ARME fixa preços máximos dos combustíveis para maio 2024

A Agência Reguladora Multissectorial da Economia-ARME estabelece os novos preços máximos dos combustíveis, que devem vigorar a partir das 00 horas do dia 1 de maio de 2024, tendo registado um acréscimo médio de 0,72%.

De acordo com a nova tabela, em anexo, os preços do Butano, Gasóleo Normal, Gasóleo para Eletricidade e Gasóleo Marinha diminuíram, enquanto os preços da Gasolina, Petróleo, Fuel 380 e Fuel 180 aumentaram. Assim, doravante, o Gasóleo normal passa a ser vendido a 128,00 ECV/L; a Gasolina, a 154, 50ECV/L; o Petróleo, a 141,10 ECV/L; o Gasóleo para Eletricidade, a 114,30 ECV/L; o Gasóleo Marinha, a 98,90 ECV/L.  O Fuel 380 a ser vendido a 94,20 ECV/L e o Fuel 180, a 96,80 ECV.

O Gás butano passa a ser vendido a granel por 143,500 ECV/ KG, sendo: as garrafas de 12,5 Kg, vendidas a 1.794,00 ECV; as de 6 Kg, a 861,00 ECV; as de 3kg, a 409,00 ECV e as de 55 Kg, a 7.895,00 ECV.

Assim, em termos percentuais, no mercado interno, os preços do Butano, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade e do Gasóleo Marinha diminuíram em 3,63%, 0,23%, 0,26% e 0,30%, respetivamente, enquanto os da Gasolina, do Petróleo, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram em 4,04%, 0,79%, 2,54% e 2,84%, respetivamente. Tudo somado, corresponde a um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 0,72%.

Comparativamente ao período homólogo (maio de 2023), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a um aumento de 5,31% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a um aumento de 2,30%.        

De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, diminuíram, em média, em 0,19% de março para abril. Quando consideradas individualmente, as cotações do Butano e do Gasóleo ULSD diminuíram em 8,69% e 1,16%, respetivamente, enquanto as da Gasolina, do Jet A1 e do Fuelóleo 0,5% aumentaram em 5,45%, 0,47% e 2,96%, respetivamente.

Os principais motivos da subida dos preços do petróleo, no mês de abril, foram: a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) de manter a política de fornecimento de petróleo inalterada, e de pressionar alguns países desta organização a aumentarem o cumprimento dos cortes na produção; as preocupações com a oferta de petróleo devido à manutenção das tensões geopolíticas no Médio Oriente e a expansão da atividade empresarial na zona euro, tendo os dados demonstrado que a mesma aumentou em abril ao ritmo mais rápido em quase um ano, e tendo sido impulsionada essencialmente pela Alemanha.

Esta subida foi atenuada, sobretudo, pela valorização do dólar, que torna mais cara a transação do petróleo para os países detentores de outras moedas, comprometendo assim a procura; pela redução da atividade empresarial nos Estados Unidos da América (EUA) no mês de abril, tendo registado o menor nível em quatro meses; e pela manutenção do cenário inflacionista nos EUA, reduzindo as expetativas de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal, situação que desestimula a procura de petróleo.

A cotação do euro do último dia útil do mês de abril (1,0721) registou uma depreciação de 0,75% face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de março (1,0802). Esta evolução do câmbio tende a aumentar os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a um aumento médio dos preços dos combustíveis de 0,54%.

Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar de 01 a 31 de maio de 2024.

ANEXO: