A Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME), acaba de estabelecer os novos preços máximos dos combustíveis que entram em vigor a partir das 00h00 do dia 1 de março, de acordo com o mecanismo de indexação mensal, tendo os produtos registado um aumento de 3,29 por cento.
Deste modo, de acordo com a nova tabela, anexo, os preços dos produtos regulados sofreram um aumento de 3,29 por cento, passando, doravante, a gasolina a ser vendida a 143,60 ESC/L; o petróleo, passa a custar 143,60 ESC/L; o Gasóleo normal, a 131,40 ESC/L; o Gasóleo para Eletricidade, a ser vendido a 117,70 ESC/L; o Gasóleo Marinha, a ser vendido 101,90 ESC/L. O Fuel 380 passa a ser vendido a 89,60 ESC/Kg e o Fuel 180, a 93,00 ESC/kg.
Outrossim, o Gás butano passa a valer a granel, 146,90 ESC/KG, sendo que as garrafas de 12,5Kg, vendidas a 1836,00 ESC; as de 6Kg, a 881,00 ESC; as de 3 Kg, a 419,00 ESC e as de 55Kg, a 8078,00 ESC.
Preços dos Combustíveis no Mercado Interno:
Em termos percentuais, no mercado interno, os preços do Butano, da Gasolina, do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade, do Gasóleo Marinha, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram em 2,73%, 5,36%, 0,28%, 3,55%, 3,98%, 3,98%, 3,33% e 3,11%, respetivamente, pelo que tudo somado, corresponde a um acréscimo médio de 3,29%, nos preços dos combustíveis.
Entretanto, quando comparado com o período homólogo (março de 2023), regista-se a variação média nos preços dos combustíveis correspondente a uma diminuição de 4,90%. Já relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a um aumento de 3,13 por cento.
Cotação dos Derivados de Petróleo:
De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, aumentaram, em média, em 5,14% de janeiro para fevereiro. Quando consideradas individualmente, as cotações do Butano, da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% aumentaram em 3,45%, 8,94%, 1,39%, 7,18% e 4,74%, respetivamente.
Motivos da subida de preços no mês de fevereiro:
As principais razões que levaram a subida dos preços do petróleo, durante o mês de fevereiro, foram as seguintes:
- As tensões geopolíticas no Médio Oriente, com os rebeldes Houthis do Iémen, alinhados com o Irão, a continuarem os ataques no Mar Vermelho, alegando solidariedade com os Palestinianos e atacando navios com ligações comerciais com os Estados Unidos da América (EUA), Grã-Bretanha e Israel, e com os EUA retaliando com ataques aos locais aonde se encontram situados os mísseis Houthis;
- Os ataques da Ucrânia contra refinarias russas e a aprovação de um novo pacote de sanções económicas à Rússia por parte dos EUA;
- A divulgação do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que mantém inalteradas as previsões de aumento da procura global de petróleo em 2,25 e 1,85 milhões de barris por dia, em 2024 e 2025, respetivamente.
Nota-se, entretanto, que esta subida foi atenuada, sobretudo, pelo cenário de recessão económica na Grã-Bretanha e no Japão, segundo dados oficiais destes países, pelo relatório do governo dos EUA que mostrou que a inflação no consumidor permaneceu elevada no mês passado, retardando os cortes das taxas de juros por parte da Reserva Federal, e pelos receios dos mercados e investidores de que a procura da economia chinesa possa ser menos robusta devido a indicadores industriais menos resilientes, factos que tendem a diminuir a procura de petróleo.
Cotação de Câmbio:
Recorde-se que, os preços do petróleo e dos seus derivados são cotados em dólar, e a referência para a aquisição dos derivados de petróleo em Cabo Verde é a cotação euro/dólar do último dia útil da BLOOMBERG (14 horas no horário de Frankfurt).
Assim, a cotação do euro do último dia útil do mês de fevereiro (1,0829) registou uma depreciação de 0,07% face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de janeiro (1,0837). Esta evolução do câmbio tende a aumentar os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a um aumento médio dos preços dos combustíveis de 0,08 por cento.
Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar entre os dias 1 e 31 de março de 2024.
Anexo:
