A Agência Reguladora Multissectorial da Economia-ARME estabelece os novos preços máximos dos combustíveis, que devem entrar em vigor a partir das 00 horas do dia 1 de fevereiro de 2024, tendo registado um ligeiro aumento de 2,93%.
De acordo com a nova tabela, em anexo, os preços dos produtos petrolíferos regulados, excetuando o gás butano, registaram um ligeiro aumento, passando, doravante, o Gasóleo normal a ser vendido a 126,90ECV/L; a Gasolina, a ser vendida a 136,30 ECV/L; o Petróleo, a ser vendido a 143,20 ECV/L; o Gasóleo para Eletricidade, a ser vendido a 113,20 ECV/L; o Gasóleo Marinha, a ser vendido a 98,00 ECV/L. O Fuel 380 passa a ser vendido a 86,90 ECV/L e o Fuel 180, a ser vendido a 90,00 ECV/L. O Gás butano passa a ser vendido a granel por 143,00 ECV/ KG, sendo: as garrafas de 12,5 Kg, vendidas a 1.787,00 ECV; as de 6 Kg, a 858,00 ECV; as de 3kg, a 407,00 ECV e as de 55 Kg, a 7.864,00 ECV.
Em termos percentuais, no mercado interno, os preços da Gasolina, do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade, do Gasóleo Marinha, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram em 3,18%, 3,77%, 3,17%, 3,57%, 3,59%, 3,81% e 3,82%, respetivamente, enquanto o preço do Butano diminuiu em 1,45%. Tudo somado, corresponde a um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 2,93%. Comparativamente ao período homólogo (fevereiro de 2023), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a uma diminuição de 9,36% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a um aumento de 1,44%.
De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares, por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, aumentaram em 1,73% de dezembro de 2023 para janeiro de 2024, passando de 699,75 USD/MT para 711,82 USD/MT. Quando consideradas individualmente, as cotações da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% aumentaram em 3,00%, 3,94%, 2,86% e 2,92%, respetivamente, enquanto a do Butano diminuiu em 5,36%.
Os principais motivos da subida dos preços do petróleo, no mês de janeiro, foram os seguintes:
- Previsão de forte crescimento da demanda global de petróleo por parte da Agência Internacional de Energia (AIE), afirmando que espera que a procura de petróleo cresça 1,24 milhões de barris por dia (bpd) em 2024, um aumento de 180 mil bpd em relação à sua projeção anterior;
- Projeção de crescimento robusto da demanda global de petróleo por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), salientando que espera um crescimento da procura de 2,25 milhões de bpd este ano, inalterado em relação à previsão de dezembro;
- Divulgação de dados económicos dos Estados Unidos da América (EUA), o maior consumidor mundial de petróleo, que demonstraram um crescimento mais rápido do que o esperado no último trimestre;
- Expectativa de que a economia da China acelere a frágil recuperação económica que tem registado após a pandemia, dado que o seu banco central irá reduzir a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, a partir de 5 de fevereiro, o que poderá estimular a economia chinesa e impulsionar a procura de petróleo;
- As tensões no Mar Vermelho que continuam a perturbar o comércio global e as tensões geopolíticas que se registam na Europa e no Médio Oriente.
No entanto, refira-se que esta subida foi atenuada, sobretudo, pela recuperação da produção de petróleo em partes dos EUA, principalmente na Dakota do Norte após o encerramento devido ao frio extremo que provocou o congelamento de poços de petróleo, juntamente com o aumento da oferta na Líbia e na Noruega; e pela valorização do dólar, facto que torna o petróleo mais caro para os restantes países e reduz a sua demanda, dado que a sua cotação internacional é feita nesta moeda.
A cotação do euro do último dia útil do mês de janeiro (1,0837) registou uma depreciação de 1,94% face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de dezembro (1,1051). Esta evolução do câmbio tende a aumentar os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a um aumento médio dos preços dos combustíveis de 1,47%.
Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar de 01 a 29 de fevereiro de 2024.
Anexo: