Atualização dos preços máximos dos combustíveis– junho/2021

A Agência Reguladora Multissetorial da Economia-ARME fixa os novos preços máximos dos combustíveis, que devem vigorar a partir das 00 horas do dia 1 de junho de 2021, ao abrigo do disposto na legislação em vigor e no Decreto-Lei n.º 19/2009 de 22 de julho, que define os princípios orientadores e a fórmula de cálculo dos preços máximos de venda ao consumidor final.

De acordo com a nova tabela, em anexo, o Gasóleo Normal passa a ser vendido a 94,60 ECV/L; a Gasolina, a 122,70 ECV/L; o Petróleo, a 78,60 ECV/L; o Gasóleo Eletricidade, a 79,40 ECV/L; o Gasóleo Marinha, a 67,00 ECV/L; o Fuel 380, a 74,00 ECV/L e o Fuel 180, a 76,90 ECV/L. O Gás butano  passa a ser vendido a granel por 124,10 ECV/Kg, sendo que as garrafas de 3Kg passam a ser vendidas a 354,00 ECV; as de 6 Kg, a 745,00 ECV; as de 12,5Kg, a 1.551,00 ECV e as de 55Kg, a 6.826,00 ECV.

A evolução dos preços dos produtos petrolíferos no mercado internacional, aliada à apreciação do euro face ao dólar americano, convergiram para a subida dos preços dos combustíveis no mercado nacional, excetuando o Butano. Assim, no mercado interno, os preços do Gasóleo Normal, Gasóleo Eletricidade e Gasóleo Marinha aumentaram 3,39%, 4,06% e 4,20%, respetivamente; a Gasolina e o Petróleo subiram 3,02% e 3,56%, respetivamente; os preços do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram 4,91% e 5,11%, respetivamente, e o Butano diminuiu 2,59%. Isto corresponde a um decréscimo médio dos preços dos combustíveis de 3,21%.

Comparativamente ao período homólogo (junho de 2020), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a um aumento de 48,4% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, ela corresponde a um acréscimo de 5,5%.

Conforme os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em USD/ton, tiveram subidas durante o mês de maio (4,20%), excetuando o Butano, relativamente ao mês de abril.

Os mercados internacionais reagiram em alta quanto à perspetiva positiva sobre a recuperação da atividade económica; à procura global do crude e às medidas de desconfinamento, que deverão acelerar o consumo a partir do segundo semestre do 2021 (nos EUA e nalguns países europeus); à diminuição de restrições de voos nos EUA e no Reino Unido, impactando positivamente o turismo e ao encerramento de um dos maiores oleodutos dos EUA, que sofreu um ciberataque.

A contrapor esta tendência, concorreram as informações relativas às negociações do acordo nuclear entre os EUA e o Irão, que possibilita o aumento da oferta de petróleo, a valorização do dólar e a situação pandémica mundial.

A cotação do câmbio EUR/USD, do último dia (útil) do mês de maio, tendo como referência a BLOOMBERG (14 horas no horário de Frankfurt), evidenciou uma apreciação do euro face ao dólar dos Estados Unidos, em 0,98% (1,2200), comparado ao câmbio do último dia (útil) do mês de abril.

As principais razões para a apreciação do Euro em relação ao Dólar são as divulgações de dados macroeconómicos recentes que apontam uma menor contração para o PIB da zona Euro do que o estimado para o quarto trimestre de 2020 e também a Comissão Europeia que assegurou mais 350 milhões de vacinas adicionais contra a Covid-19.

Refira-se que o Premium da Gasolina passou de 79,24 USD para 130 USD, decorrente de uma importação extraordinária, fora do contrato de fornecimento, que resultou num aumento de 1,40 escudos nos custos suplementares da gasolina, a ser recuperado durante um ano.

Os novos valores do parâmetro CP (Custo de Aquisição do Produto) e os correspondentes preços máximos de venda ao consumidor final dos combustíveis regulados devem vigorar de 01 a 30 de junho de 2021.

Ver tabela, em anexo: