A Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME) atualiza, de acordo com o mecanismo de indexação mensal, os novos preços máximos dos combustíveis, que vigoram a partir das 00 horas do dia 1 de julho de 2025, tendo registado um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 3,08 por cento.
Assim, de acordo com a nova tabela de preços, no anexo, a Gasolina passa a ser vendida a 130,50 ESC/L; o Gasóleo Normal, a 108,20 ESC/L; o Gasóleo para Eletricidade, a 92,60 ESC/L; o Gasóleo Marinha, a 81,70 ESC/L; o Petróleo, 133,10 ESC/L; o Fuel 380, passa a custar 73,30 ESC/Kg e o Fuel 180, a 75,60 ESC/Kg.
Por seu turno, o Gás Butano passa a custar a granel 128,40 ESC/Kg; sendo que: as garrafas de 12,5Kg, vendidas a 1605,00 ESC; as de 6Kg, a 771,00 ESC; as de 3 Kg, a 366,00 ESC e as de 55 Kg, 7.064,00 Escudos.
Deste modo, no mercado interno, os preços da Gasolina, do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade, do Gasóleo Marinha, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram em 1,40%, 2,62%, 4,95%, 5,83%, 5,69%, 3,28% e 2,66%, respetivamente, enquanto o do Butano diminuiu em 1,76%. Tudo somado, corresponde a um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 3,08 por cento.
Comparativamente ao período homólogo (julho de 2024), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a um decréscimo de 11,31% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a um decréscimo de 5,19 por cento.
De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, aumentaram, em média, em 7,26% de maio para junho. Quando consideradas individualmente, as cotações médias da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% aumentaram em 6,87%, 9,33%, 12,73% e 7,71%, respetivamente, enquanto a do Butano diminuiu em 0,36 por cento.
Cotações do Petróleo
No mês de junho, a cotação média do petróleo Brentnos mercados internacionais correspondeu a 69,15 USD/barril, tendo registado um acréscimo de 8,70% quando comparada à cotação média do mês de maio (63,62 USD/barril).
Assim, os principais motivos da subida dos preços do petróleo, no mês de junho, tem que ver com a desvalorização do dólar norte-americano, que torna mais barata a transação do petróleo para os compradores detentores de outras moedas, aumentando assim a procura; o impacto dos incêndios florestais na província canadiana de Alberta, que afetou a produção de petróleo bruto no país; a notícia de que os Estados Unidos da América (EUA) e a China concordaram em retomar as negociações comerciais com o objetivo de reduzir as tarifas aduaneiras; as dificuldades persistentes nas negociações entre os EUA e o Irão sobre o programa nuclear iraniano; a escalada de conflito entre o Irão e Israel, o que representou uma ameaça para o fluxo de navios pelo Estreito de Ormuz, um canal fundamental para as exportações de petróleo e gás natural liquefeito do Médio Oriente; o ataque dos EUA às instalações nucleares iranianas e o aumento da demanda por petróleo, devido a temporada de viagens de verão nos EUA.
Outrossim, esta subida foi atenuada, sobretudo, pelo plano da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) em continuar a aumentar a produção de petróleo em 411 mil barris por dia em julho; pela revisão em baixa de 0,4%, das previsões do Banco Mundial sobre o crescimento da economia mundial para 2025; pelo facto de que os ataques aéreos, entre Israel e Irão, não atingiram as importantes instalações de exportação de petróleo, como o centro de exportação de petróleo iraniano na Ilha Kharg; e pela estabilidade do cessar-fogo conseguido na terça-feira, 24 de junho, entre Irão e Israel
Cotações do Câmbio
Os preços do petróleo e dos seus derivados são cotados em dólar, e a referência para a aquisição dos derivados de petróleo em Cabo Verde é a cotação euro/dólar do último dia útil da BLOOMBERG (14 horas no horário de Frankfurt).
A cotação do euro do último dia útil do mês de junho (1,1725) registou uma apreciação de 3,43% face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de maio (1,1336). Esta evolução do câmbio tende a diminuir os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a um decréscimo médio dos preços dos combustíveis de 2,36% por cento.
Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar de 01 a 31 de julho de 2025.
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